Proposta do governo foi rejeitada por unanimidade. Enquanto policiais fazem carreata na tarde desta quarta-feira, grupo tenta negociar, no Palácio Iguaçu, um novo acordo salarial
15/02/2012 | 14:17 | GAZETA DO POVO

O governador disse que o reajuste não corresponde ao que foi pedido pelas entidades que representam os policiais e salientou que o governo precisa atender também outras áreas, como educação e saúde. “Não posso 'quebrar' o Estado para atender às reivindicações salariais”, disse Richa à RPCTV.
Sobre os policiais civis, Richa disse que o reajuste será de aproximadamente 20%.
Manifestações
Os policiais militares não aceitaram a proposta feita pelo governo do estado e fazem mais um ato de manifestação pela implantação do subsídio no Paraná e melhorias salariais para a classe nesta quarta-feira. Segundo o cabo Carlos Lima, da Associação da Classe Policial Militar, a proposta foi rejeitada por unanimidade. Ele explica que os valores ficaram muito abaixo dos definidos em mesas de negociações entre o estado e os policiais. Além disso, os policiais inativos – da reserva e aposentados – teriam ficado de fora da proposta.
Nesta tarde, integrantes dos fóruns das entidades que representam os policiais militares estão reunidos com representantes da secretaria de administração do governo do estado. A intenção é negociar uma proposta que seja mais adequada ao que foi combinado anteriormente. A reunião é realizada no Palácio Iguaçu.
Os policiais seguem em carreata do Parque Municipal São José dos Pinhais, na região metropolitana, rumo ao Palácio Iguaçu. De acordo com o subtenente Alcino Fogaça, os policiais querem mostrar à população a importância da implantação do subsídio. “O objetivo vai ser a conscientização da sociedade. Não temos a intenção de greve na PM”, afirma. No fim da carreata, os policiais devem fazer a vigília das 20 às 22 horas com velas acesas em frente ao Palácio Iguaçu.
Segundo Lima, a mobilização foi enfraquecida por causa de uma medida do Comando Geral da PM. Toda quarta-feira, os funcionários dos setores administrativos trabalham meio período, mas hoje (15) foram convocados a ficar em período integral. “Isso foi feito com intenção de enfraquecer o movimento, porque não tem nenhuma justificativa plausível para tal convocação. O governo não quer qualquer manifestação ou ato que denigra sua imagem”, argumenta o oficial.
Ele também lembra que, caso a emenda 29 tivesse sido implantada em 1998, o salário de um soldado estaria entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil. Atualmente, eles recebem R$ 2,4 mil. A pretensão é de que eles tivessem vencimentos de R$ 4.513, mas com o reajuste de 23% o salário vai para R$ 2.952.
Possibilidade de greve da Polícia Civil
A Polícia Civil do Paraná pode aprovar na noite desta quarta o indicativo de greve na capital. Os ânimos da classe foram inflamados após os policiais ficarem sem uma proposta de nova tabela salarial, na tarde de terça-feira.
O presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol), André Gutierrez, saiu de mãos abanando da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), onde esperava receber uma nova proposta salarial.
O presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol), André Gutierrez, saiu de mãos abanando da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap), onde esperava receber uma nova proposta salarial.
Nesta quarta-feira, no entanto, o governo do estado apresentou a proposta de reajuste de 20% mais reposição da inflação para policiais civis de 4ª e 5ª classes. Os oficiais de 1ª, 2ª e 3ª classe receberiam apenas a reposição da inflação;
Os agentes vão realizar uma assembleia, a partir das 18h30, em Curitiba, para votar a proposta.