Escrito por Almir Saldanha
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06 Maio 2013

REUTERS
SÃO
PAULO, 6 Mai (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta
segunda-feira que o governo não está pensando em reduzir o nível de
emprego, mas que tem obrigação de diminuir os custos do trabalho no
país.
Dilma reiterou a necessidade do Brasil ampliar sua
competitividade sem abrir mão da estabilidade econômica e das conquistas
sociais, durante discurso na posse da diretoria da Federação das
Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação
Comercial de São Paulo (ACSP).
"Nós não estamos pensando em
reduzir emprego, não é essa a nossa política, mas nós temos a obrigação
de reduzir o custo do trabalho através de dois mecanismos", disse a
presidente.
Segundo Dilma, um desses mecanismos é a redução de
impostos na folha de pagamento. O outro é uma política de formação e
qualificação profissional.
"Um terceiro mecanismo também é trazer do exterior engenheiros e técnicos para trabalhar no Brasil", acrescentou.
Em
um cenário de pressão inflacionária, a presidente afirmou que a
inflação está "sob controle". Os preços medidos pelo IPCA têm
permanecido em patamares elevados e o índice chegou a estourar o teto da
meta do governo, de 6,5 por cento, em 12 meses.
Dilma voltou a
falar sobre a importância da aprovação da Medida Provisória dos Portos,
em análise no Congresso, e da destinação dos royalties provenientes da
exploração do petróleo para a educação.
A presidente disse que a
medida que estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário,
considerada por ela essencial para atacar um dos principais gargalos
logísticos do país, vai permitir ao Brasil "acrescentar uma peça no
tabuleiro de xadrez" da competitividade com os demais países.
Dilma
disse que a aprovação da MP dos Portos terá impacto na logística no
país, em especial porque abrirá os portos ao investidor privado.
"Isso
é essencial para quebrar monopólios e garantir a eficiência da
logística no país", disse Dilma. A MP perde a validade se não for votada
pelos plenários da Câmara e do Senado até dia 16 deste mês.
(Por Eduardo Simões)